domingo, 10 de maio de 2015

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NEUTRALIDADE SUSPEITA Como já vimos, um jornalista precisa apurar o máximo de informações possíveis a respeito de um fato e não deve nunca omitir algum dado de maneira tendenciosa. Vejam o que diz o Manual da Folha de S. Paulo (que estabelece as regras que seus jornalistas devem seguir): Notícia – Puro registro dos fatos, sem opinião. A exatidão é o elemento-chave da notícia, mas vários fatos descritos com exatidão podem ser justapostos de maneira tendenciosa. Suprimir ou inserir uma informação no texto pode alterar o significado da notícia. Não use desses expedientes. (Manual da Redação – Folha de S. Paulo, 2001, p. 88) Infelizmente, nem todos os jornalistas agem dessa forma. Não porque necessariamente omitam ou acrescentem coisas, mas porque, muitas vezes, na pressa de dar a notícia, não verificam todos os dados, não investigam direito, não procuram saber as causas etc. Outras vezes, não há exatamente omissão de nenhum dado, mas a forma como os fatos são relatados é tendenciosa, porque o próprio jornalista deixa sua opinião interferir no relato ou porque as chefias dos jornais, das revistas, das emissoras de rádio e de TV ou os donos das empresas jornalísticas obrigam a veiculação dos fatos de acordo com a visão que têm deles e da realidade. Por essa razão, é importante, além de lermos ou ouvirmos as notícias, pensarmos na forma como é relatada e no jornal que estamos lendo ou na emissora de TV/rádio a que estamos assistindo/ouvindo. Se sabemos qual a posição do jornal e se prestamos atenção em como a notícia é contada, a possibilidade de sermos manipulados é menor e maior é nossa chance de ter opinião própria. Ensino Fundamental 6º/7º anos 2 de 2 Língua Portuguesa – MISSÃO 1 – FASE 3 É fundamental também procurar o relato do mesmo fato – tido como de interesse – em diferentes jornais, revistas, internet, programas jornalísticos etc., pois isso permite que possamos comparar vários relatos, entender os interesses que cercam o fato noticiado, minimizando um pouco o mais tendencioso. Embora a neutralidade absoluta seja impossível, alguns jornais e veículos de comunicação se preocupam mais do que outros em ser imparciais diante de um fato. Assim, temos graus de imparcialidade, que também precisam ser considerados. (Cadernos de Apoio e Aprendizagem, Volume 1 ∙ SMESP – Língua Portuguesa, p. 51) Adaptado de: SECRETARIA Municipal de Educação de São Paulo. Cadernos de Apoio e Aprendizagem: Língua Portuguesa, 8º ano. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.

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