Blog destinado às 7ªs séries A, B e C e 8ªs C e D da Escola Estadual José Maria Matosinho- Campinas.
domingo, 10 de maio de 2015
notícia
NEUTRALIDADE SUSPEITA
Como já vimos, um jornalista precisa apurar o máximo de informações possíveis a
respeito de um fato e não deve nunca omitir algum dado de maneira tendenciosa.
Vejam o que diz o Manual da Folha de S. Paulo (que estabelece as regras que seus
jornalistas devem seguir):
Notícia – Puro registro dos fatos, sem opinião. A exatidão é o elemento-chave
da notícia, mas vários fatos descritos com exatidão podem ser justapostos de
maneira tendenciosa. Suprimir ou inserir uma informação no texto pode
alterar o significado da notícia. Não use desses expedientes.
(Manual da Redação – Folha de S. Paulo, 2001, p. 88)
Infelizmente, nem todos os jornalistas agem dessa forma. Não porque
necessariamente omitam ou acrescentem coisas, mas porque, muitas vezes, na pressa
de dar a notícia, não verificam todos os dados, não investigam direito, não procuram
saber as causas etc. Outras vezes, não há exatamente omissão de nenhum dado, mas a
forma como os fatos são relatados é tendenciosa, porque o próprio jornalista deixa sua
opinião interferir no relato ou porque as chefias dos jornais, das revistas, das
emissoras de rádio e de TV ou os donos das empresas jornalísticas obrigam a
veiculação dos fatos de acordo com a visão que têm deles e da realidade.
Por essa razão,
é importante, além de lermos ou ouvirmos as notícias, pensarmos na forma
como é relatada e no jornal que estamos lendo ou na emissora de TV/rádio a
que estamos assistindo/ouvindo. Se sabemos qual a posição do jornal e se
prestamos atenção em como a notícia é contada, a possibilidade de sermos
manipulados é menor e maior é nossa chance de ter opinião própria. Ensino Fundamental 6º/7º anos 2 de 2 Língua Portuguesa – MISSÃO 1 – FASE 3
É fundamental também procurar o relato do mesmo fato – tido como de
interesse – em diferentes jornais, revistas, internet, programas jornalísticos etc.,
pois isso permite que possamos comparar vários relatos, entender os
interesses que cercam o fato noticiado, minimizando um pouco o mais
tendencioso. Embora a neutralidade absoluta seja impossível, alguns jornais e
veículos de comunicação se preocupam mais do que outros em ser imparciais
diante de um fato. Assim, temos graus de imparcialidade, que também
precisam ser considerados.
(Cadernos de Apoio e Aprendizagem, Volume 1 ∙ SMESP – Língua Portuguesa, p. 51)
Adaptado de: SECRETARIA Municipal de Educação de São Paulo. Cadernos de Apoio e Aprendizagem:
Língua Portuguesa, 8º ano. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.
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